Acho que todos em algum momento da vida já ouviram a estória da “Roupa nova do Rei”, não lembro se é esse exatamente o título, mas o importante é a estória em si. Ela narra as peripécias de um trambiqueiro que vende um tecido que só as pessoas muito inteligentes conseguem ver, o que naturalmente é só um golpe pois tal tecido é claro não existe, mas todos ficam com medo ou vergonha de assumir que não conseguem ver o tecido e acabam dizendo que conseguem vê-lo e com tudo isso o rei compra o tecido e fazem uma roupa para o rei com o tecido que na verdade não existe. Tudo vai bem até que alguém mais sincero e sem medo de parecer idiota, assume em publico que não consegue ver a roupa. Então todos também começam a dizer que não conseguem ver.
E por que contei essa velha estória? A resposta é simples, me sinto mais ou menos assim em frente de algumas obras de arte famosas, sejam pinturas, obras literárias, artes plásticas, etc. Fico me perguntando será que muita coisa que é considerada arte tem mesmo esse toque tão genial? Ou será que ás vezes por medo de parecerem menos inteligentes as pessoas dizem que as admiram e claro quando não entendem sempre temos aquela velha frase: “essa obra está além do seu tempo”, “quem poderá compreender a alma de um artista”, e coisas do tipo.
Eu poderia dar alguns exemplos do que gosto mas como todos sabem gosto não se discute, ainda vou escrever um texto discutindo gostos pois é sempre mais divertido e interessante falar sobre temas polêmicos rsrs, mas não vou falar sobre coisas que gosto ou não, justamente para evitar o debate sobre minhas preferências que não vem ao caso agora. Sem contar outro fator importante que para observar arte e entende-la, depende muito do nosso estado de espírito no momento. Já assisti filmes que achei geniais e em outras ocasiões quando fui rever o mesmo filme não consegui ficar dez minutos por achar muito chato.
Certamente se eu me aventurasse em pintar um quadro o valor de tal obra seria muito baixo (nossa! que otimista, talvez me pagassem para mantê-la oculta e não poluir o ambiente), porém se fosse misturada as de algum grande nome e os comentários fossem que o artista a fez num momento de loucura, depressão, início da carreira ou no final da vida, coisas que justificariam a diferença entre essa obra e as demais, provavelmente teria um ótimo preço, quem sabe, tentarei fazer isso um dia, mas isso seria muito antiético, pois é a mesma coisa que roubar.
Adorei o comentário. Foi preciso, com uma analogia perfeita para a introdução e uma conclusão sensacional. Você escreve muito bem. Parabéns. Não são todos os textos que fazem com que eu me fixe neles e o seu me prendeu.
ResponderExcluirVamos agora, torcer para que nenhum de nós perca novamente os nossos respectivos blogs...melhor nem falar sobre isso, chego a ter medo!
Abraços.
Olá
ResponderExcluirVc tem toda razão... o Brasil jogou sozinho, aliás, ele jogou???
Hipocrisia, vivemos num mundo de mentiras e falsidade, infelizmente.
Foi muito bom te conhecer!
Boa, não conhecia!
ResponderExcluirCara... essa estória é f* mesmo... acho que o Cháves já fez um episódio sobre isso né??? hehe
ResponderExcluirMas assim... odeio padrões de arte... e qto aos quadros... a obra prima está nos olhos de quem vê!!! assim como a boa música nos ouvidos de quem ouve... a boa comida no paladar de quem come... enfim... cada um tem seu gosto pessoal...
Oi :*
ResponderExcluirVocê escreve beeem demais!
Sério, gostei do teu ponto de vista nesse texto.
Passarei sempre aqui!
Beijo! :*
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